O presidente da República Jair Messias Bolsonaro tem sido antifragil quando diz respeito ao enfrentamento das crises. É o que aponta a mais nova pesquisa feita pela VEJA e Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 18 e 21 de julho demonstrando o salto de aprovação na região nordeste chegando ao patamar de 39,4%, um aumento de 9,1 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, feito há três meses entre os dias 27 e 29 de abril.
Em termos eleitorais, o levantamento mostra que Jair Bolsonaro ganhou envergadura e conquistou votos nordestinos em todos os cenários testados de primeiro turno. A margem de erro da pesquisa em relação ao Nordeste é de 4,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos.
O enfrentamento firme contra a crise econômica gerada pelo fechamento do comércio e a quebra das cadeias de geração de riqueza do país por conta dos decretos estaduais e municipais, e o combate ao vírus chinês COVID-19 de forma séria e transparente provocaram o crescimento e a aprovação do Presidente no cenário. O Brasil gastou cerca de 10% do PIB para preservação de vidas e empregos, em meio aos pagamentos do auxílio emergencial de 600 a 1200 reais para conter os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus, a compra de insumos e medicamentos no enfrentamento da doença, destinação de recursos federais à estados e municipios.
Entre os que responderam que reprovavam o governo conservador de Jair Bolsonaro, a proporção caiu de 66,1% para 56,8%, constatando um recuo de 9,3 pontos. Assim, as variações na região foram superiores às da média em âmbito nacional, em que a aprovação subiu de 44% para 47,1% e a desaprovação caiu, de 51,7% a 48,1%.
A busca por expandir o Bolsa Família e rebatizá-lo como Renda Brasil, além de viagens à regiões de todo o Brasil, incluindo inauguração de obras da transposição no Ceará, o presidente Jair Bolsonaro começa a reduzir a resistência dos nordestinos e o reflexo já se vê nas pesquisas.
O levantamento do Paraná Pesquisas mostra também que os sulistas foram os únicos eleitores entre os quais a aprovação ao presidente caiu levemente (de 50,5% em abril para 49,7% em julho) e a desaprovação cresceu pouco (de 42% para 44,6%). No mesmo período, o percentual de eleitores do Norte e do Centro-Oeste que aprovam a gestão subiu de 48,7% para 53,6%, elevação de 4,9 pontos, e o número dos que desaprovam diminuiu 4,2 pontos, de 46,4% para 42,2%.
No Sudeste, cujos 64,7 milhões de eleitores correspondem a 43% do eleitorado nacional, a aprovação e a desaprovação ao governo Bolsonaro variaram pouco e se mantém o equilíbrio entre as duas posições.
Por Tiago Medeiros – Painel Brasil