O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, anunciou nesta quarta-feira (31) os novos comandantes das Forças Armadas escolhidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o Exército, foi indicado o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; para a Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos; e para a Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior.
O anúncio ocorre após um princípio de crise entre o Planalto e os militares, que culminou na demissão do ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, e na saída coletiva dos chefes das Forças Armadas, que gerou especulações acerca das motivações do presidente da República.
Em rápido pronunciamento à imprensa, Braga Netto buscou reforçar o compromisso dos militares com a proteção da democracia e da Constituição Federal. “A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira se mantêm fiéis às suas missões constitucionais de defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais e as liberdades democráticas. Neste dia histórico, reforço que o maior patrimônio de uma Nação é a garantia da democracia e da liberdade do seu povo”,
Apesar disso, a escolha de Bolsonaro fora do critério de antiguidade não é inédita. Em 2015, a então presidente Dilma Rousseff (PT) nomeou para o comando do Exército o general Eduardo Villas Bôas. Ele também era o terceiro mais antigo na carreira, mas até hoje é visto com muito respeito entre os militares.