O Ministério das Relações Exteriores do Brasil questionou a legitimidade do processo eleitoral venezuelano do último domingo (6). Na declaração emitida nesta segunda-feira (7), o governo afirmou que o processo eleitoral carece de legalidade e incentivou a comunidade internacional a concentrar esforços para a recuperação da democracia e do respeito pelos direitos humanos na Venezuela.
– Reiteramos que as eleições, organizadas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional.
O governo do Reino Unido afirmou também, nesta segunda-feira (7), que não reconhece o resultado das eleições “ilegítimas” para a Assembleia Nacional da Venezuela, realizadas no domingo (6), nas quais a aliança oficial, que apoia o presidente Nicolás Maduro, venceu com ampla vantagem. Partidos da oposição não participaram, considerando que o pleito foi fraudulento.
A votação “não foi livre ou justa”, disse o ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, em um comunicado, enfatizando que Londres reconhece “a Assembleia Nacional eleita democraticamente em 2015” e Juan Guaidó como “o presidente constitucional interino” da Venezuela.